Um dia após a Justiça Federal do Ceará conceder liminar que anula 13 questões do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira que o cancelamento dos 13 itens "não afeta a pontuação" do exame, que é composto por 180 questões e uma redação. O MEC reiterou a disposição de recorrer ao Tribunal Regional Federal da 5.ª Região, no Recife, contra a decisão da 1.ª Vara da Justiça Federal de Fortaleza.
O juiz substituto Luis Praxedes atendeu a pedido do Ministério Público Federal e anulou, na segunda-feira à noite, 13 questões que vazaram, dias antes do exame, para alunos do Colégio Christus, uma escola particular de Fortaleza. A decisão vale em todo o país.
Em nota, o MEC diz que a Teoria de Resposta ao Item (TRI), utilizada no exame, garante que a nota dos participantes não será afetada, caso prevaleça a liminar que cancelou as 13 questões. Com 13 itens a menos, restariam 167 perguntas válidas, número que, segundo o MEC, é suficiente para calcular as notas dos 4 milhões de participantes do Enem nos dias 22 e 23 de outubro.
De qualquer forma, o ministério argumenta que a melhor solução seria reaplicar o Enem apenas aos estudantes do Colégio Christus. O MEC até admite a possibilidade de exigir que o exame seja refeito não só pelos 639 alunos de ensino médio da escola de Fortaleza, mas também por todos os alunos da instituição, que oferece curso pré-vestibular. Mas é contra a anulação nacional das questões.
A justificativa do MEC para defender que apenas os alunos do Christus refaçam a prova é que somente eles teriam se beneficiado indevidamente do acesso antecipado a questões do exame, dispondo inclusive de mais tempo para dedicar à resolução dos demais itens.
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